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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os Frutos da Terra - André Gide



A VIAGEM DA DILIGÊNCIA
 Abandonei minhas roupas da cidade que me obrigavam a um excesso de dignidade.


A QUINTA
LAVRADOR! Canta a tua quinta.
Quero descansar um instante - e sonhar, junto de tuas granjas,
com o verão que os perfumes dos fenos  me lembrarão.
Pega tuas chaves; uma por uma abre-me todas as portas...
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A quinta porta é a do fruteiro:
Diante de uma clarabóia as uvas pendem de barbantes; cada bago medita e amadurece, rumina em segredo a luz; elabora um açúcar perfumado.
Peras. Amontoados de maçãs. Frutas! Comi vossa polpa sumarenta. Joguei as sementes no chão: que germinem! Para dar-nos prazer novamente.
Amêndoa delicada. Promessa de maravilha; nucléola; pequena primavera que dorme à espera. Semente entre dois verões; semente atravessada pelo verão.
Pensaremos depois, Nathanael, na germinação dolorosa (o esforço da erva para sair da semente é admirável).
Mas maravilhemo-nos agora com isto; cada fecundação se acompanha de volúpia. O fruto envolve-se de sabor; e de prazer toda a perseverança na vida.

Polpa do fruto, prova sápida do amor.

Que nos acompanhe uma poeira de neve, que nossa rapidez erguerá! Trenós! A vós atrelo todos os meus desejos...


A última porta abria-se para a planície.
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domingo, 22 de dezembro de 2013

De gatos



Arranhadores por natureza
"Conheço poucas casas que têm gatos e que mantêm inteiros os braços dos sofás. Arranhá-los é um dos passatempos preferidos dos bichanos. E, se o assunto vem à tona, o dono do gato dispara: "O que posso fazer para ele parar de arranhar?"
A resposta não é empolgante: não pode fazer nada. O máximo que você pode --e deve-- fazer é oferecer um brinquedo para que o gato transfira sua sessão de destruição dos móveis para o arranhador.
Arranhar é comportamento instintivo dos gatos, que se manifesta inclusive nos que tiveram as unhas removidas, prática que, felizmente, foi proibida no Brasil em 2008.
Eles arranham por três motivos básicos. Primeiro: as garras são um instrumento de sobrevivência e precisam estar afiadas para serem funcionais. Pontiagudas, elas oferecem uma boa retenção da presa e uma boa aderência a superfícies de deslocamento nem sempre horizontais.
Segundo motivo: gatos arranham para marcar território. Deixam um sinal visual de que estão na área e liberam ferormônios de glândulas localizadas debaixo das patinhas, espalhando seu cheiro por toda a parte.
Por fim, arranhar é um exercício, porque o gato se esforça e se estica, fortalecendo músculos e tendões.
Então, para que toda essa terapia felina possa acontecer sem grandes prejuízos à decoração, a saída é instalar o tal arranhador na casa.
O brinquedo, no entanto, não pode ser aquela coisa de míseros centímetros e que despenca na primeira puxada. Precisa ser grande o bastante para comportar todo o gato, não deve se mover nos acessos de arranhadura do felino (porque ele vai se assustar e não voltará mais) e deve ter uma textura atraente (eles adoram sisal, por exemplo).
Comprou? Coloque o brinquedo perto do local mais arranhado pelo gato. Se ficar muito no meio da sala, tenha paciência. Só comece a deslocá-lo, gradativamente, quando o gato tiver, de fato, adotado o equipamento como seu novo ponto de destruição. Se não, ele voltará ao sofá."



Sílvia Corrêa cursou jornalismo e veterinária. Trabalhou por 13 anos na Folha e, depois, nas principais emissoras de televisão do país. Escreve aos domingos, a cada duas semanas, na revista 'sãopaulo'. 

Ilustração Tiago Elcerdo

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Flora




Uma leitura para todas as idades...

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Um bolo pra lá de saboroso.


Quando fui na casa da minha amiga Elô, ela preparou este bolo com todo capricho. 
É um bolo pra lá de saboroso e fica ótimo pra tomar com chá ou café ou chocolate. 
Só de olhar dá água na boca. 

Está aqui a receita pra quem quiser se aventurar,

BOLO DE BANANA AMERICANO

Pegue um copo daqueles de requeijão e tome de medida.
INGREDIENTES:
1/2 copo de margarina (mesmo copo da medida indicada);
1/2 copo de açúcar;
2 ovos;
1 colher de chá de bicarbonato;
1 e 1/2 copo de farinha de trigo;
1 colher de chá de baunilha liquida;
1 copo de banana bem madurinha (de preferência banana d'água) e bem amassadinha.
Agora o fuxico: coloque uma colher de chá bem cheia de vinagre e 4 colheres de leite liquido.
½ copo de nozes bem picadinhas.

MODO DE FAZER:
Bata a margarina com o açúcar, adicionar os ovos e bater bem.
Acrescentar a seguir, a farinha, o bicarbonato, a baunilha, as bananas amassadas, o leite com o vinagre e as nozes.
Leve ao forno em forma untada e polvilhada por cerca de 1 hora e 10 minutos (10 minutos é muita exatidão né?! Verifique enfiando a  ponta de  um garfo, se sair sequinha, é porque está bom).
A temperatura do forno deve estar em torno de 180 graus. 

Se desejar, polvilhe por cima do bolo, antes de ir para o forno, açúcar e canela. 


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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Retornando com Licor de Anis


"Um mal de amor? Licor de anis.
O anis nos lábios é como um beijo.
Ele tem um adocicado que se demora na boca.
Como dois amantes em lençóis de seda.
Um mal de amor não se quer apagar totalmente.
25% de álcool
Com duas pedras de gelo fica perfeito
O frio equilibra tudo e prepara o terreno para um novo amor.
Um mal de amor é a preparação para uma nova felicidade.
É a porta aberta para outras alegrias."

Do filme: “As Neves do Kilimanjaro” de Robert Guédiguian (Vale a pena assistir)

O filme se refere ao Licor Anisete de Marie Brizard, um licor único desde 1755. Uma receita passada por gerações cujo ingrediente principal é o anis verde do Mediterrâneo, combinado com outras ervas, frutas e especiarias de várias partes do mundo
"No dia 11 de janeiro de 1750, Marie Brizard de 36 anos, atravessava a praça Real em Bordeaux, em uma esquina, Thomas, um marinheiro do oeste da Índia a bordo do Intrépido, estava jogado no chão com muita febre. Marie Brizard o cuidou e salvou sua vida. Como forma de agradecimento, Thomas ofereceu-lhe seu único tesouro: A receita secreta de um licor de anis, composto com 11 plantas, especiarias e frutas que era extremamente refrescante e aromatizado. Nasceu então o licor de Anis da Marie Brizard. Em 1755 em parceria com seu sobrinho Jean-Baptiste Roger, Marie Brizard fundou a jovem companhia Marie Brizard e a primeira destilaria próxima ao porto.
Outro primo, Capitão Paul Brizard, fornecia as especiarias da África e do oeste da Índia. Logo o famoso licor de Anis havia viajado pelo mundo e até servido nos jardins do rei Louis XV em Versailles. No século 19, a companhia estendeu a sua gama de licores e estabeleceu a primeira cadeia de agentes distribuidores a nível mundial. No século 20, Marie Brizard consolidou seu negocio e criou um grupo verdadeiramente internacional. Hoje orgulhosa de seu passado e totalmente comprometida com a inovação, Marie Brizard está se preparando para somar outra centena a sua história."

SOBRE O ANIS:
O anis ou erva-doce (Pimpinella anisum) é uma planta da família das Apiaceae, anteriormente chamadas Umbelliferae. Seu fruto tem a forma de sementinhas, de aroma marcante e poderoso, muito usado em confeitaria, no preparo de bolos, biscoitos, entre outros.

Também se utiliza em sopas, caris e pratos com frutos do mar e ainda ajuda a combater o mal hálito.
O chá da erva doce é digestivo, indicado até para crianças pequenas, ainda bebês, para aliviar cólicas e flatulência.

Todas as partes que ficam acima do solo de uma planta jovem de anis também podem ser comidas. Os caules se parecem com os do aipo na textura e têm sabor bem suave.

Por destilação das sementinhas extrai-se um óleo volátil de anis, o qual é útil no tratamento de flatulência, cólicas abdominais e câimbras. É depurativo e diurético auxiliando no tratamento da obesidade e retenção de líquidos. Ajuda a aliviar os incômodos da TPM.

Em Aromaterapia, no aspecto emocional, sua indicação é o resgate da energia feminina tanto para as mulheres, como também para os homens.
Nas mulheres o entendimento de suas origens, de seu papel na sociedade, de seus direitos e deveres.
Nos homens o entendimento do papel das mulheres na sua vida, o respeito e o amor, a gratidão e o carinho mútuo
Seu aroma doce remete à infância e traz aconchego ao coração.
Quem se lembra do bolo de milho com erva doce preparado pelas nossas avós ou pela nossa mãe? É tudo de bom. Não é mesmo?

A receita do bolo AQUI


SOBRE LICORES:
O licor é uma bebida doce, de alto teor alcoólico que varia entre os 20% e os 28%.
Feitos com álcool, calda de açúcar e extratos aromáticos de frutas, ervas e flores os licores encantam por suas cores e sabores únicos.
Servido em pequenas taças, é ideal após as refeições por serem considerados digestivos. São bastante empregados em receitas doces, coquetéis e muito comum em bombons.

A fórmula do licor, tal como conhecemos hoje, foi elaborada em 1250 pelo alquimista catalão Arnaud Villeneuve, que chegou a ser considerado bruxo, com suas “poções” sempre envoltas em mistérios e segredos, acabou sendo salvo da fogueira da Inquisição por ter curado o Papa com uma dessas poções.
Desde essa época, as fórmulas são guardadas em absoluto segredo, sendo preservadas por gerações.


Fontes de consulta:

Todas as fotos são da internet.

quarta-feira, 31 de julho de 2013



UMA PAUSA
Volto em breve
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domingo, 23 de junho de 2013

Gatos


“Cada vendedor tinha o seu modo especial de apregoar, destacando-se o homem das sardinhas, com as cestas do peixe dependuradas, à moda de balança, de um pau que ele trazia no ombro. Nada mais foi preciso do que o seu primeiro guincho estridente e gutural para surgirem logo, como por encanto, uma enorme variedade de gatos, que vieram correndo acercar-se dele com grande familiaridade, roçando-se-lhe nas pernas arregaçadas e miando suplicantemente.”

                                                                           Aloísio de Azevedo (O Cortiço)

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Tínhamos na nossa casa dois gatos pretos e lindos. O peixeiro passava em dias determinados. Os gatos, acho que já sabiam o dia certo do peixeiro passar, pois antes mesmo de se ouvir o grito "peixeeeeiro, olha o peixeiro", eles iam até a cozinha onde estava a minha mãe, miavam e se esfregavam nas suas pernas e saíam em direção ao portão da casa, insinuando que minha mãe os acompanhassem. Chegando no jardim, subiam no muro e ficavam miando esperando que o peixeiro chegasse.
O peixeiro, é claro, já sabia que não podia deixar de  passar por lá. Era freguesia certa!.

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Lua, claridade e jandaias


Logo que abri a janela vi esta lua em plena luz da manhã.

Olhando a palmeira sem folhas, 
ali estavam as jandaias se banhando ao sol.

A algazarra era tanta que não resisti e aproximei 
com o zoom máximo que a minha máquina possui.


 Abri  a foto no computador, com o "paint" e recortei o detalhe.


As jandaias sempre cantam e me encantam
e eu corro para vê-las.


 Da minha janela eu posso ver um pedacinho do mundo...


terça-feira, 21 de maio de 2013

Éramos anjos...



Era por volta dos anos 60, um tempo de poucas imagens, pois ainda não havia televisão para todos. Internet então, nem se cogitava ainda em inventar!
O rádio era o maior meio de comunicação, bastante eficaz.  A vida girava em torno dele; neste, ouvíamos as notícias, as novelas, os programas de música e, nos intervalos, as propagandas dos produtos de consumo.
As mulheres sabiam dos últimos lançamentos através das propagandas que ouviam no rádio, propagandas faladas, pura interpretação de vozes, capazes de atingir o público alvo.
Lembro de muitas delas, mas hoje vou falar de uma, pois esta diz muito aos corações femininos: a do Angel Face, da Pond’s, pó compacto que nos conquistou a todas, e que ainda hoje conquista.


Eram vozes que dialogavam, assim:
- Ela é linda! (voz masculina com admiração)
- Ah!  (outra voz masculina com entusiasmo)
- Está noiva! (voz feminina)
- Oh! (as duas vozes masculinas em tom de decepção)
- Usa Pond’s! (a voz feminina com ênfase)
- Aaah! (as duas vozes masculinas com entusiasmo e admiração).
Ao fundo, uma voz cantarolava o jingle – Pond’s, Pond’s, Pond’s...
Depois, o narrador descrevia os benefícios que o Angel Face, da Pond’s, traria, “deixando a sua pele macia e suave como a de um anjo”...


Nós, mulheres, saíamos à busca do produto nas lojas, para ficarmos bonitas e, quem sabe, encontrarmos um noivo!
Éramos anjos e não sabíamos...
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Fotos da Internet.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Da delicadeza dos gestos...





Quando se tem gatos em casa, aprende-se que é fundamental pisar leve, com passos lentos, porque a possibilidade de haver algum bem perto é imensa.

Quando se tem gatos em casa, e a cama ainda está desarrumada, aprende-se que não é prudente pular sobre os aparentes montinhos de edredons e travesseiros.

Quando se tem gatos em casa, aprende-se que não importa para onde seu olhar se dirija. Entre você e o livro, ou a tela do computador, ou, ou, ou... sempre haverá, de passagem ou demoradamente um gato.

E porque não queremos pisá-los, amassá-los, ou chutá-los, ou agredi-los de qualquer outra forma, nossos próprios gestos vão se tornando mais suaves, delicados, pacientes...


Texto do livro: Eternidade ou Infinito, de Sandra Veroneze


Que convive com gatos, se reconhece...

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terça-feira, 14 de maio de 2013

A Salada e a Lua



Soja
Rica em proteínas, lipídeos, fibras, alguns minerais e vitaminas, a soja pode auxiliar na prevenção de algumas doenças.
 Câncer - Ameniza processos inflamatórios protegendo contra tumores.
Diabete 2 - Suas proteínas favorecem o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Osteoporose – as isoflavonas evitam a perda da massa óssea
Doenças cardiovasculares - Ajuda a diminuir os níveis do mau colesterol (LDL), mantendo assim, o coração saudável.
Ajuda a amenizar os sintomas da menopausa, devido à isoflavona, substância considerada um fito-hormônio, que tem ação semelhante a do estrógeno, o hormônio feminino.
Pode ser consumida ao natural (grão) ou como leite, queijo (tofu), molho (shoyu), pasta, farinha, formas facilmente encontradas no mercado e que se pode preparar receitas variadas.
Preparando uma salada:

Coloque os grãos de soja ao natural em uma vasilha com um pouco de água fervente, deixe por cerca de um minuto e escorra e lave com água fria. Deixe de molho (em água fria) por quatro horas ou de um dia para o outro.
Ponha em uma panela com a água que ficou de molho, acrescente sal e cozinhe por cerca de 30 a 40 minutos (até ficar macia).
Deixe esfriar e retire as cascas que se desprenderam. Junte os temperos escolhidos pra a sua salada.
Para esta da foto, eu só usei tomatinhos, salsa e cebola picadinhas e azeite.
Ficou uma delícia!
E a Lua... 
Ah! esta era a lua que estava no céu enquanto eu comia a salada.



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domingo, 12 de maio de 2013

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar



                   

O vento soprou da infância,
me trouxe muito de mim,
vestida de azul e branco
mais um laço de cetim.

Éramos sete na roda,
se outros faltavam, não sei.
Você era o rei, eu rainha,
os cinco, os filhos do rei.

Ciranda, cirandinha......

O tempo nos vai levando
no tempo de nós crianças.
Quando eu for grande (dizia)
me largo e ninguém me alcança.

Menina de azul e branco,
um dia já fui você,
agora você na roda
Vai rodando e não me vê.

Ai, que vontade, meu Deus,
De roda outra vez brincar.
Ciranda, cirandinha,
me esperem pra cirandar.

   (Ruth Maria Chaves)

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Inverno está chegando


Para um inverno bem quentinho 
 Inspire-se nos anos 30 do século passado
 Casacos bonitos


Elegantes


Confortáveis


 Moda que não sai de moda.
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terça-feira, 30 de abril de 2013

Coisas que eu gosto e...






Que são tão bonitas!

Fotos encontradas no Google.
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terça-feira, 23 de abril de 2013

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Jardineiro Timóteo




O Jardineiro Timóteo
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Verdadeiro poeta, o bom Timóteo.
Não desses que fazem versos, mas dos que sentem a poesia sutil das coisas. Compusera, sem o saber, um maravilhoso poema onde cada plantinha era um verso que só ele conhecia, verso vivo, risonho ao reflorir anual da primavera, desmedrado e sofredor quando junho sibilava no ar os látegos do  frio. O jardim tornara-se a memória viva da casa.
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O canteiro de Sinhazinha era de todos o mais alegre, dando bem a imagem de um coração de mulher rico de todas as flores do sentimento.
.........................................................................................................................................................O pé de flor-de-noiva, primeira “planta séria” ali brotada marcou o dia em foi pedida em casamento. Até então só vicejavam nele flores alegres de criança – esporinhas, bocas-de-leão, “borboletas”, ou flores amáveis da adolescência – amores perfeitos, damas-entre-verdes, beijos-de-frade, escovinhas, miosótis.
Quando lhe nasceu, entre dores, o primeiro filho, plantou Timóteo os primeiros tufos de violeta.
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Já o canteiro de Sinhô-moço revelava intenções simbólicas de energia. Cravos vermelhos em quantidades, roseiras fortes, ouriçadas de espinhos, palmas-de-santa-rita, de folhas laminadas; junquilhos nervosos.
E tudo mais assim.
Timóteo compunha os anais vivos da família, anotando nos canteiros, um por um, todos os fatos de alguma significação.
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Trecho do Conto "O Jardineiro Timóteo", do livro "Negrinha" de Monteiro Lobato - 1920

Para ler o conto inteiro entre AQUI

e se quiser ler e copiar o livro inteiro entre neste outro AQUI

O livro é composto de vinte contos, que vale a pena a leitura.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Doces de minha infância


Numa das esquinas por onde costumo passar encontrei um vendedor de doces. São aqueles que fizeram parte da  infância de quase todo mundo. Não resisto a um destes docinhos.

Geléia.


Doce de abóbora.

Doce de batata doce. 


Mas o de batata doce me levou a um tempo mais distante e me lembrei do Doce de Batata Jozélia.
Quando eu era menina, bem pequena , ainda na cidade que nasci, havia um homem chamado "Seu Zéo", que fazia o doce de batata doce mais gostoso que eu já comi na minha vida.Era um doce pastoso, amarelinho claro e cheiroso como ele só.
Eu ainda não tinha sete anos de idade e a lojinha ficava a poucos metros da minha casa na virada de uma das ruas. Minha mãe me dava o dinheiro e ficava na porta de casa me olhando, quando eu chegava na dobra da rua, olhava para trás pra ver se ela estava lá pra me sentir confiante.
Entrando na lojinha estendia a mão com o dinheiro e Seu Zéo já corria a me atender.
A medida era uma espátula de madeira, que Seu Zéo pegava com a mão direita e na mão esquerda, espalmada, ele colocava um pedaço de papel (não sei se já era papel manteiga) onde seria colocado o doce. Com um movimento lento, ele tirava a porção do doce de dentro de uma lata bem grande e colocava no papel.
Meus olhos de menina gulosa acompanhava todo aquele ritual. Quando ele me entregava aquele papel com o doce de batata doce, eu me transformava na menina mais feliz do mundo.
Era o Doce Jozélia, que Seu Zéo colocou em homenagem aos seus dois filhos José e Zélia.
A fábrica resiste ao tempo, agora com novos donos, mas que continua fazendo o doce de batata. muito gostoso e apreciado por todo o estado de Sergipe, arredores e outras estâncias mais distantes.

Nas minhas andanças pela internet encontrei a história do meu doce. Imagina como fiquei feliz! Pois confirmou toda esta minha lembrança de menina.
A história está AQUI.

Como não tenho foto do Doce de Batata Jozélia, deixo a foto dos três docinhos que também fizeram parte da minha infância.


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